Em algum momento você pode ter se perguntado de onde vieram os silabários, se no Japão antigo só havia a língua falada e não havia escrita. Eles surgiram pelo contato com os chineses e coreanos, através de uma simplificação de caracteres chineses mais complexos, os chamados kanjis (ou ideogramas):
Você não precisa saber qual kana veio de qual kanji, só precisa saber que eles não foram inventados do nada.
A título de curiosidade, temos abaixo duas tabelas com as origens dos kanas:
Tá, mas e daí, para que serve essa informação? Bem, para entender que da mesma forma que os kanas tem uma ordem de traços que deve ser seguida na escrita, os ideogramas também terão, e isso será importantíssimo para decifrá-los no futuro.
Mas o que são esses tais ideogramas?
Como foi visto na aula 01, os ideogramas são caracteres importados da China séculos A.C., quando ainda não havia um sistema de escrita no Japão.
Ao contrário dos kanas que são caracteres silábicos, os kanjis são caracteres ideográficos. Isto quer dizer que cada kanji representa uma idéia, conceito ou objeto.
Eles podem se dividir em 3 grupos:
Pictográficos
Descrevem objetos ou fenômenos. Exemplos:
木 árvore
月 lua
人 pessoa
Simples
Representam idéias abstratas:
二 dois
Compostos
Formados pela combinação de dois ou mais kanjis
休 (人+木) descanso
Estes kanjis seguem uma lógica, pois é formado pelo kanji de pessoa e pelo kanji de árvore. Pode-se imaginar que uma pessoa debaixo de uma árvore está descansando. Veremos muitos outros exemplos como este no futuro.
Agora, diga a verdade, mesmo que pareça um pouco complicado, é interessante né? Nas próximas lições vamos aprender muito mais sobre kanjis, assim como no módulo “escrita” em seguida.
Mas por enquanto, revise o que você já aprendeu sobre os kanas (hiragana e katakana), e responda:
- De onde vieram os kanas?
- Quando devemos usar o katakana e quando devemos usar o hiragana?
- Qual a diferença dos kanas para os kanjis?
Caso saiba responder a estas três perguntas, você está apto a continuar para a próxima lição!